Enfim ela começou, a Copa do Mundo começou.
A maioria de nós fez um “doce”, um “charme”, mas bastou a bola rolar para que a grande maioria da população se sentisse envolvida com esta atmosfera festiva.
Importante é que respeitemos quem gosta e quem não gosta do evento.
A pergunta era: “e o Brasil, quando estreia?”
E o comentário era: “agora vai, temos o Tite, temos o Neymar, o Marcelo e o Casemiro campeões da Champions, etc, etc…”
As emissoras de TV e seus patrocinadores enaltecendo a “força” da camisa amarela e a nossa “tradição” futebolística buscando fazer despertar um sentimento de nacionalismo e empolgação que andava em hibernação diante do cenário real vivido diariamente fora da Matrix.
E a Seleção Brasileira estreou com pompa e circunstância, e empatou com a Seleção Suiça.
“Ah, não tem jeito não”. “Ih, vai cair na primeira fase”. Esses foram os comentários imediatos das “birutas de aeroporto” que se movem com o sentido do vento.
Mas a comunicação de massa tratou de encontrar um culpado externo para o resultado, o trio de arbitragem e o árbitro de vídeo.
E desde então não se ouviu nenhuma opinião racional a respeito do assunto, todas apontam que o resultado só aconteceu por culpa do trio de arbitragem e do árbitro de vídeo. Foram atrás da FIFA para tentar justificar e excluir a responsabilidade de quem efetivamente era responsável.
INFELIZMENTE TEMOS O PÉSSIMO HÁBITO DE NOS VANGLORIARMOS PELAS COISAS BOAS, E DE TERCEIRIZARMOS AS RESPONSABILIDADES PELAS COISAS RUINS.
Aprendemos isto muito cedo, basta lembrar os tempos escolares, se a nota era boa “nós” havíamos tirado a tal nota, se a nota era ruim o professor havia nos dado a tal nota.
Não fomos ensinados a assumir as nossas responsabilidades. Sempre procuramos terceirizar esta responsabilidade e isto trava o nosso desenvolvimento, bloqueia o nosso crescimento, apequena a nossa capacidade de realização e construção, nos tornamos reféns do externo.
Sempre buscamos externamente a responsabilidade que está dentro de nós. As corporações estão cheias disso.
Não, a culpa não foi do trio de arbitragem ou do árbitro de vídeo, a culpa foi da nossa Seleção, a culpa foi nossa, a culpa foi do mal posicionamento da defesa, a culpa foi da falta de tranquilidade, a culpa foi da falta de disposição tática, a culpa foi da soberba, pouco importa, mas é preciso entender e assumir que a culpa está dentro de casa, e que ficar reclamando e resmungando não resolverá o problema para a próxima partida.
Assim é o mundo corporativo, assim são as nossas Empresas e Carreiras.
Quem não busca o autoconhecimento, quem não se fortalece e tem coragem de assumir seus erros e acertos sempre terá vôos de galinha, nunca alçará vôos de águia.
Reflita se no seu trabalho, na sua carreira, na sua família você tem assumido as suas responsabilidades e arcado com as consequências ou tem se escorado nas muletas e terceirizado suas responsabilidades e consequências.
Promova um encontro consigo mesmo e vá além.
Leonardo Lopes
O Poder Pessoal em Vendas – PPV
O Sentido na Venda