O que aprendi com Stephen Hawking

O que aprendi com Stephen Hawking…

Não, eu não sou físico, tampouco astrônomo, sou da área de Humanas, Gente, Pessoas.

Mas, hoje cedo uma notícia me entristeceu, saber da morte de Stephen Hawking.

Ele não era meu parente, tampouco acompanhava a sua vida de perto, também não participei de seus estudos ou li seus artigos.

A sensação não foi de dor, como quando perdemos um ente querido, um amigo, alguém próximo de nós que faz doer nosso coração e nossa alma, a sensação foi “e agora?”.

Sim, e agora?

Desde que me entendo por gente vi Stephen Hawking em sua cadeira, com a “sua” voz digitalizada, seu rosto quase sem expressão, e no começo a minha sensação era de dó, não entendia o que acontecia, apenas me sentia incomodado pelo fato de exporem uma pessoa naquela situação, inocência minha.

Mas, graças à Deus, o tempo foi passando e a maturidade foi chegando e comecei a entender o que aquela mente brilhante e absurdamente ativa num corpo “atrofiado” me ensinava a cada nova conclusão de estudo, a cada nova aparição, a cada novo acontecimento.

Aquela mente inquieta e extremamente desenvolvida me mostrava a cada aparição a força da resiliência humana. Me mostrava que qualquer desculpa ou justificativa que eu pudesse dar era um “autoengano” uma “automentira” para consolar e mimar meu modo de vida.

Por mais que se descorde de seus estudos e conclusões científicas, como não reconhecer o brilhantismo de Stephen Hawking, como não reconhecer o seu exemplo diário de superação em meio às absurdas adversidades e privações que ele passou e passava em sua vida.

Penso, o que tenho eu para reclamar? O que posso eu reclamar da vida?

Ando sozinho, como sozinho, falo com a minha voz, vou ao banheiro sozinho, tomo banho sozinho, o quanto sou grato por isso?

O que me impede de explorar todo o meu potencial? Todo o meu potencial intelectual? Qual a minha contribuição para o mundo?

Vendo o exemplo de Stephen Hawking, que produziu até o último momento da sua vida, ele completa a sua lição e reforça o meu aprendizado, não há desculpa ou justificativa que seja suficientemente grande para não construir os sonhos que planejei construir para mim e contribuir.

E agora?

Outros virão, porque não eu, porque não você?

Que sejamos inquietos pelo conhecimento, sejamos inquietos por novos projetos, sejamos inquietos na direção daquilo que acreditamos, sejamos inquietos por contribuir e fazer do mundo um lugar melhor.

E não, não precisamos ter ELA, não precisamos passar por traumas e tragédias, dramas pessoais para perseguirmos nossos sonhos e propósitos. Pergunte-se, “qual a minha contribuição para o mundo?”

É engraçado, ele se foi, e na minha mente o vejo indo na sua cadeira em direção ao horizonte brilhante, mas ele não está triste, está feliz por tudo o que fez e contribuiu, um pouco contrariado pois ainda tinha muito para fazer, deve estar pensando o que acontecerá com aquela pesquisa que ainda estava em fase embrionária, ou aquela que estava perto da conclusão.

Meu desejo é poder colocar em prática todo este aprendizado de vida, e ter a certeza de que fiz tudo o que queria fazer, que devia fazer, e olhar para trás e ter a certeza de que valeu à pena.

Hoje percebo o quanto o exemplo de Stephen Hawking inspira a Keep Growing, que significa “continue crescendo”, continue evoluindo, é um caminho sem volta e sem fim, e o quanto ele inspira nosso slogan “the world is huge, so keep growing”, traduzindo, “o mundo é gigante, então continue crescendo”. Para ele o mundo era absurdamente gigante e parar de crescer não era uma opção.

Vá em Paz Stephen Hawking. Obrigado pelo exemplo e inspiração. Que sorte ter vivivdo na mesma época que você para poder ter histórias para contar.

“OLHE PARA AS ESTRELAS, NÃO PARA OS SEUS PÉS” – STEPHEN HAWKING

#keepgrowing#osentidonavenda#opoderpessoalemvendas#leonardolopes#palestranteleonardolopes#stephenhawking

Dia Internacional do Ser Humano

Hoje já posso escrever…

Olá amigos e amigas, creio que hoje já seja um bom dia para escrever sobre o Dia Internacional da Mulher.

Sim, hoje. Mas a data oficial não foi ontem? Sim, mas prefiro escrever hoje.

Pode parecer que eu tenha um entendimento diferente do padrão, e principalmente daquele que foi massificado na mídia no dia de ontem, por isso a opção de falar sobre isso num dia diferente, um outro dia, um dia como qualquer outro.

Para mim todo dia é dia da Mulher. Todo dia é dia do Homem, todo dia é dia da Criança, todo dia é dia de qualquer coisa. Sinceramente não vejo a necessidade de se usar um dia só para tentar fazer descer goela abaixo o outros 364.

Na minha cabeça é muito claro que todos somos iguais, e assim devemos ser tratados. Somos seres humanos, pertencentes a uma mesma espécie, o que para mim é suficiente para que não existam quaisquer diferenças.

Respeitar o espaço, a dignidade, os sonhos, a liberdade, as opiniões, as convicções, e tudo mais é ponto básico para a construção de uma sociedade mais justa e que permita oportunidade para todos.

Tive a sorte de nascer num lar de mulheres muito fortes. Negras, filhas de uma costureira divorciada, e de um pai opressor e agressor, que um dia tiveram tudo e depois perderam, e que desde o meu nascimento me ensinaram de forma natural a respeitar, reconhecer e admirar a força, o caráter e a ombridade das Pessoas, independente de quem quer que fossem.

A estas mulheres minha absoluta e eterna gratidão, me moldaram o que sou.

Por isso não vejo sentido em parabenizar as mulheres pelo “seu” dia, é como se neste dia apagássemos 364 dias de erros, opressões e falta de respeito. Para mim todo dia é dia de celebrar e parabenizar o Ser Humano.

Respeito quem dê, mas não vejo sentido em líderes e empresas que dão flores e chocolates neste dia, e nos demais agem de forma totalmente desrespeitosa com estas profissionais. É incongruente, e mais incongruente para mim é quem recebe e se “derrete”, parece que tudo se apaga para começar novamente no dia seguinte.

Tive a sorte de ter uma Diretora Comercial na minha jornada, absurdamente competente, com uma visão peculiar e que me ajudou a moldar muito do que sou profissionalmente, e não só isso, pude vivenciar e trabalhar numa empresa que agia de forma igualitária respeitando homens e mulheres, permitindo e dando oportunidade para todos. A competência era o diferencial, e não o sexo.

Pude experimentar essa diversidade na construção das minhas equipes. Ainda hoje me lembro quando contratei a primeira vendedora para a minha equipe, foi um choque para muitos, recebi os mais variados e absurdos alertas, mas ela era o melhor profissional que tive naquele processo seletivo, por isso foi contratada e teve a mesma atenção e responsabilidade dos demais, sem distinção. E não parou por aí, pude ensinar meu time de lideranças a trabalhar com o diferente, é claro, não foi um processo mágico e fácil, mas necessário para a evolução de todos nós. Respeito e igualdade.

Tenho a sorte de dividir a minha casa com uma mulher absurdamente especial, que reforça diariamente para mim o quanto somos iguais, o quanto temos que respeitar o outro e impulsionar o outro em direção aos sonhos. Quando à vejo viajar pelo mundo para apresentar seus artigos científicos nos eventos mais importantes da sua área, encho-me de orgulho por tê-la como inspiração e companheira.

Como sou agraciado por ter a oportunidade de viver e conviver com tantas mulheres maravilhosas que me fazem acreditar que todo dia é dia delas, que todo dia é dia de todos nós, seres humanos.

Que todos possamos aprender diariamente à sermos pessoas melhores, mais compreensivas, mais sinceras, mais integras e mais empáticas.

Viva o Ser Humano.

A “Pasteurização” de Times

6 ovos

2 xícaras de açúcar

3 xícaras de farinha de trigo

1 xícara de água fervente

1 colher de fermento em pó

Juntando todos estes ingredientes temos um ótimo Bolo Pão de Ló para acompanhar o café da tarde.

E é importante observarmos que mesmo uma receita tão simples e tão apetitosa requer ingredientes diferentes e em quantidades diferentes, incorporados numa ordem e formas específicas.

Não se consegue um Bolo Pão de Ló somente com ovos, ou somente com farinha, é necessária uma diversidade de ingredientes para que se tenha um Bolo Pão de Ló, assim também são com as Equipes e Líderes que buscam a Alta Performance.

Atualmente temos percebido um fenômeno se alastrando nas Empresas e em suas Equipes, a “Pasteurização de Times”.

Em grande número, Empresas e Líderes tem procurado montar suas equipes de forma pasteurizada, homogeneizada e padronizada, abrindo mão da dádiva que é ter uma equipe heterogênea com pessoas de perfis, vivências, experiências e comportamentos diferentes.

Abrindo aspas no texto, é importante frisar que o diferente não é ruim, é apenas diferente, e bem administrado é “tempero” que enriquece qualquer “receita”.

Tanto os manuais quanto a literatura especializada na construção e desenvolvimento de Equipes de Alta Performance sinalizam que um dos caminhos mais rápidos para se alcançar e manter-se neste patamar é construir uma Equipe com diferentes conhecimentos, habilidades e atitudes.

Uma equipe heterogênea é chave.

A seleção de talentos distintos, e seu encaixe nas posições adequadas  proporcionam à Empresa e ao Líder um adicional de desempenho e performance que não se alcança com tradicionais estratégias de Marketing, Propaganda ou Promoção.  E todas estas iniciativas somadas tornam a Equipe imbatível por um bom tempo, e sem dúvida aumentam a vantagem versus a concorrência.

Aos Líderes e Empresas que querem atuar numa frequência de Alta Performance é vital que não cedam aos apelos da homogeneização para “pasteurizar” seus times.

Líder, alcance um novo patamar na Performance do seu Time, invista nas suas habilidades e capacidades de gestão, invista na diversidade e na heterogeneidade dos membros do seu time, agregue diferenças para construir um bolo “maior” e muito, muito mais “saboroso”.

Pense nisso, e se fizer sentido para Você, curta, comente e compartilhe.

Negociar, habilidade nata?

O ato de Negociar faz parte da nossa vida, e disso não há como fugir!

Diariamente negociamos o tempo todo e com todos! Negociamos com a esposa (o), com os filhos, com o chefe, com nossas equipes, com nossos clientes, com nossos pares, com nossos fornecedores, enfim negociamos o tempo todo.

Mas porque este verbo causa tanto temor e tremor na maioria das pessoas, e porque nem sempre negociamos tão bem quanto poderíamos ou desejaríamos?

PRÁTICA, esta é uma boa resposta, falta de prática em Negociar!

Não é incomum encontrarmos pessoas que simplesmente entram em catarse emocional quando precisam negociar, o inverso também é verdadeiro quando profissionais despreparados, que acreditam que ser um bom negociador é ser o “bom de lábia”, encontram-se em situações indigestas por terem que negociar de forma profissional.

Com maior ou menor habilidade, todos nós negociamos, mas a melhora e a evolução nesta arte pode sim ser aprendida e desenvolvida.

Qualquer pessoa ou profissional pode negociar melhor, pode conseguir mais dos processos de negociação, tornando esta prática extremamente prazerosa e recompensadora para si e para os seus.

Alguns negociadores sim, já “nascem” aptos, e isto é uma vantagem, mas que fica minimizada quando do outro lado há um negociador preparado, consciente e confiante do que pode e deve fazer dentro do processo.

Entender as técnicas que estão por detrás dos processos de negociação, como se preparar objetiva e emocionalmente para negociar, fazem a diferença na evolução da pessoa e do profissional que precisa e quer negociar melhor!

Tomar a consciência de que sempre podemos “subir de nível” é o diferencial daqueles que se tornam grandes Negociadores com performance acima dos demais.

#ficaadica

E o líder, pode sentir medo?

Medo, segundo o dicionário Michaelis da língua portuguesa é : “1 Sentimento de grande inquietação diante de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; pavor, temor, terror. 2 Apreensão. 3 Receio.”

Dentro desta definição literal, o líder pode sim sentir medo, no entanto pela sua posição de líder tem o dever de dominá-lo!

No atual cenário vivido tanto no Brasil quanto no mundo, vários líderes estão sendo confrontados à todo instante com seus “medos”, principalmente pelo medo cada vez mais eminente do fracasso nos negócios.

E em que isso colabora com o líder e com suas organizações?

Nada!

O Líder de Sucesso é aquele que reconhece seus medos, entende como funcionam e os domina, pois se não o faz é ele quem será dominado, e um líder dominado pelo medo fica paralisado, estático, inerte e é neste momento que seus maiores temores se tornam realidade, o fracasso efetivamente chega.

Líder, lidere seu time, sua empresa ou sua organização rumo ao futuro!

Seja prudente sim, mas não se permita ancorar pelo medo que paralisa, pois quando seus liderados sentirem que aquele que tem o controle da “nave” está dominado pelo medo, seus maiores pesadelos se tornarão realidade.

Entenda-se e prepare-se para ser Melhor!

Observe-se e tenha uma ótima e produtiva semana!

Nos medimos com o mesmo sarrafo que medimos os outros?

É comum que no mundo dos esportes sejamos implacáveis com as críticas e apontamentos dos erros e problemas de performance daqueles para os quais torcemos. Seja um time de futebol, um de handebol, um judoca, um enxadrista, um lutador de MMA, enfim, qualquer um que esteja envolvido direta ou indiretamente com a nossa “paixão” é uma vítima potencial da nossa ira quando não atende nossas expectativas “apaixonadas”.

Os últimos jogos da seleção brasileira de futebol deixaram isso mais que evidente nas redes sociais.

Concordo que esperamos muito, principalmente das nossas paixões futebolísticas, até porque num lapso de pensamento “bolivarianista”, tendemos a achar e piamente acreditar que, determinado jogador tem a obrigação de ter um desempenho e uma performance excepcional pois tem um salário “X” e mais uma série de benefícios.

Sem entrar no mérito do tamanho do salário, e se quão justo ou não o é, o fato é que deve se dar total mérito a quem negociou este acordo, crédito mais que justo, pois como diz o dito popular: “o combinado não é caro”.

Mas a pergunta que me importuna a cada comentário lido neste sentido é:

Nos cobramos e exigimos Performance com a mesma intensidade que cobramos e exigimos performance dos outros? 

Olhar-se e perceber-se é vital neste momento, pois se não o fazemos nos investimos da “toga da justiça”, ou do “defensor público da performance alheia” e crivamos de forma impiedosa tudo e todos ao nosso redor.

No mundo corporativo o Líder que cobra bem e de forma adequada é aquele que SE CONHECE. Aquele que não se conhece e não sabe de suas limitações, não tem condições mínimas de cobrar ninguém, quem quer que seja.

Esta observação também vale para os Liderados, pois quanto mais se conhecem, mais habilidades desenvolvem para se tornarem provedores da harmonia no ambiente de trabalho.

Ser líder e exercer a liderança é um aprendizado diário, seja para as nossas equipes e comunidade, quanto para conosco mesmo, no íntimo das nossas emoções.

Seja justo, exercite e exerça a sua Liderança!

Vale uma reflexão? Então compartilhe!

Cuidado com a Síndrome de “Hardy”

Quem tem mais de 30 anos com certeza se lembra deste personagem que fazia muito sucesso na nossa infância, “Hardy”.

Hardy, a hiena, tinha como grande amigo um destemido leão, o  Lippy.

Lippy era aventureiro e corajoso, e sempre tinha uma visão otimista das coisas, ao contrário de Hardy, que com seu pessimismo tinha o dom de “colocar a sua baixa estima lá no alto”.

Os bordões, “oh dia, oh azar”, fizeram e fazem sucesso na boca de muitos, e é sobre isso o comentário de hoje.

A este espírito derrotado atribuí o nome de “Síndrome de Hardy”

É extremamente assombroso o quanto os profissionais, empresários e empresas se contaminam com a Síndrome de Hardy, e o tratamento é sério pois após contaminado as chances de cura ficam bastante reduzidas, mas existem.

A Síndrome de Hardy contamina geralmente pelo ouvido através do vetor “palavras negativas ditas sem critério”, mas também pode contaminar pelos olhos através do vetor “textos sem critério da internet”.

Em ambos os casos, para desenvolvimento da Síndrome de Hardy, é necessário ter “baixa capacidade de análise e julgamento dos fatos reais e forte tendência a potencializar o ouviu dizer e o ouviu falar”, sem isso a síndrome tem grande dificuldade de evoluir.

O comportamento típico dos contaminados pela Síndrome de Hardy, é o de bando ou de manada, onde o vetor consegue ativar de forma instantânea e absurdamente rápida o “vírus” outrora inoculado.

Recomenda-se o afastamento e principalmente a vacina do “bom senso+positividade plus” contra os vetores, que proliferam tal como Aedes Aegypti. Identificá-los, e descobrir onde estão seus criadouros é vital para a sanidade física e mental de profissionais, empresários e empresas.

Esteja atento, previna-se, vacine-se, seja vetor de Positividade!

Observe e analise a realidade, veja as coisas como são!

Lembre-se que a estória do “Bicho Papão” só o assombrou quando você era criança e ainda não tinha ou tinha pouca consciência das coisas da Vida.

Faz sentido para Você?

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Demissão! E o feedback, estava em dia?

Vivemos um momento diferente na economia nacional, e isto tem provocado uma série de ajustes nas empresas, principalmente no que tange ao controle e redução de custos, e infelizmente este movimento doloroso, mas necessário, tem alcançado os postos de trabalho, seja pelo corte de vagas, otimização de processos ou até mesmo alinhamento salarial numa nova realidade.

É um momento impensável para muitos, uma vez que há pouco mais de dois anos vivíamos dias de total escassez de mão-de-obra, e aqui não especifico a mão-de-obra qualificada, empresas não conseguiam contratar ou completar os seus quadros por total falta de pessoas disponíveis para o trabalho.

Tal constatação se via em qualquer tipo de empreendimento, da construção civil ao abate de frangos, de lojas de departamentos a fabricantes de bebidas, todos sofriam com esta escassez. Vivemos inclusive dias de Europa e Estados Unidos com a chegada de imigrantes latinos em busca deste novo Eldorado, e as vagas por vezes dispensadas por brasileiros eram preenchidas rapidamente por quem vinha disposto ao trabalho, mas isto é assunto para outro artigo.

Mas o cenário mudou, e hoje vemos grandes processos de demissão acontecendo em todos os cantos do pais, não privando nenhum segmento de mercado, ou qualificação do profissional.

Preservar as empresas é necessário, por isso o corte na própria carne infelizmente acontece.

Não questiono aqui se é ou não a melhor alternativa, entendo sua necessidade temporária, mas é preciso e necessário que estes processos aconteçam de forma clara, justa, transparente e apoiadora para o profissional demitido.

Cada empresa tem seus “porquês” e são legítimos, mas é de suma importância que se respeite o ser humano por detrás da posição no headcount da empresa, é necessário que se forneçam motivos justos e transparentes para esta tomada de decisão.

A empresa que possui um processo estruturado de feedback, com formato e periodicidade adequados tem grande vantagem neste momento difícil, visto que por mais complicado que seja, o colaborador a ser demitido saberá os motivos que o colocaram nesta blacklist e o gestor poderá abordar o assunto com naturalidade e sem receios.

Por outro lado, quando a empresa não possui processos justos e estruturados de feedback contínuo, ou possuem para “atender os requisitos de auditoria”, o momento da demissão torna-se uma tormenta tanto para o gestor quanto para o colaborador a ser demitido, pois o gestor fica todo melindrado sobre o que pode ou não dizer, e o colaborador por sua vez fica à deriva sem saber o real motivo de ter sido colocado na lista.

Para se angariar respeito e credibilidade de seus colaboradores, clientes e sociedade, toda empresa deve tratar de forma justa e respeitosa seus colaboradores.

É certo que as posições no headcount são da empresa, e os profissionais “estão” nos cargos e não “são” os cargos, mas proporcionar à todos aqueles que infelizmente engrossem as listas de demissão uma saída justa, honrada e consciente de seus gaps é mais que um dever da empresa, é uma demonstração clara de que esta empresa realmente se preocupa com as pessoas, e não simplesmente se preocupa em melhorar os indicadores de satisfação e engajamento das pesquisas internas, ou para fazer reportagens coloridas para a revista mensal.

O  Feedback não pode ser banalizado dentro de uma organização, ao contrário deve ser estimulado e feito com um grau de seriedade ímpar.

Por mais difícil que seja, uma demissão não deve provocar traumas, mas sim reflexões tanto para o colaborador demitido, quanto para o gestor que fica, e principalmente para a empresa e suas práticas de recursos humanos.

Uma empresa que não respeita suas pessoas, não merece o respeito da comunidade que a acolhe.

Pense nisso, e se fizer sentido curta, comente e compartilhe.

Tempos de “Fast Knowledge”

Não há como negar que vivemos um tempo de avanços tecnológicos impressionantemente rápidos.

As novas tecnologias de hoje serão ultrapassadas em poucos… dias.

O que é vanguarda hoje, será obsoleto em breve. Mas o breve de hoje é muito mais breve que o breve de 10 anos atrás.

Podemos fazer isso com o conhecimento?

É fácil notar o movimento, de enormes proporções, em direção ao conhecimento em “pílulas”, sim pois este é o próximo passo da evolução corporativa, o “fast knowledge”.

” Tome estas “pílulas” e torne-se um gestor de pessoas do novo milênio.”

“Torne-se um líder admirado consumindo estas “pílulas”.”

Enfim, a internet está, epidemicamente falando, contaminada com toda a sorte de “fórmulas mágicas” para tornar-se um “líder melhor”, um “gestor admirável”, um “campeão em vendas”, etc, etc, etc…

Não questiono aqui os profissionais que se dedicaram a encontrar estas “fórmulas mágicas”, mas questiono:

Qual é o real compromisso com o desenvolvimento e a evolução perene dos “consumidores de pílulas”?

Profissionais se encantam com o que chamo de “Fast Knowledge”, ou seja, conhecimento rápido, tal como um lanche da empresa dos arcos dourados, ou como um lamen que fica pronto em 3 minutos.

Muitos profissionais mergulham de cabeça neste tipo de conhecimento e não se dão conta da superficialidade e da “total falta de nutrientes” destas “pílulas”, que ao invés de saciarem a fome de saber profundo, apenas despertam mais e mais fome por “pílulas mágicas”.

Na minha jornada nunca encontrei “fórmulas mágicas” que se transformassem em soluções perenes, que durassem e fossem assertivas para lidar com pessoas, incrementar minhas vendas ou preparar-me para o futuro, todas elas falharam.

Falharam porque são anêmicas, e se propõem a tornar trivial ou até banal problemas e dilemas que são reais, e que geram consequências reais para empresas e pessoas reais.

Saber os “5 passos para…”, ou a “Liderança de Sucesso em 10 passos”, ou a “Chave para satisfação pessoal em 8 lições” entre tantos outros sinônimos destes exemplos fictícios, servem como um cafezinho na composição da refeição diária de um profissional adulto.

Preocupe-se em buscar uma “refeição de verdade”, busque a fonte, busque saber mais, dê embasamento e estofo para as suas idéias e convicções.

Não se torne um líder ou gestor de “almanaque”, tal como aquele do antigo fortificante.

“Slogans do momento ” e “frases de efeito” são perecíveis, tal como um pé de alface no fim da feira.

Escolha ser mais completo, escolha ser mais profundo, escolha ser mais preparado.

“Papinha” é para bebês!

Não pense com a boca

Você já teve que voltar atrás em uma opinião emitida sem a devida reflexão?

Vivemos tempos onde a absurda quantidade de conteúdos e opiniões aparentemente nos empurram para a emissão de opiniões e tomadas de decisões sem filtro algum.

Estes tempos onde tudo é “fast” nos proporcionam uma superficialidade espantosa, uma legião de “tudólogos” especialistas em tudo vociferam suas opiniões nada abalizadas sobre os mais variados assuntos e revelam uma absurda incapacidade de aprofundar suas análises e raciocínios, e principalmente de observarem as coisas sobre outros pontos de vista.

Some-se a isso uma espantosa incapacidade de suportar o contraditório, temos uma fórmula explosiva que aperta os “gatilhos” mais rápidos da internet, e aí instalamos agressivas discussões totalmente injustificadas e sem fundamento algum.

Saudades do Prof. Lucas Mocelin, da Profa. Judith Barbisan, da Profa. Sonia Maria Rodrigues Lopes (my mom) e tantos outros, que nos ensinaram a fazer inúmeras “interpretações de textos” e nos ajudaram a aprender a pensar.

“Pense com a cabeça, não pense com a boca, uma opinião vocalizada não volta.”