Já disse ou escrevi em outros momentos que todos nós, não importa quem sejamos, ou o trabalho que façamos, ou o cargo que exerçamos, nós sempre estamos negociando.
E para mulheres e homens de negócio que efetivamente negociam, algo que sempre faz a diferença entre o sucesso e o insucesso é o equilíbrio emocional, a habilidade de controlar e contornar suas próprias emoções afim de alcançar uma meta, um objetivo.
Por isso podemos usar a Copa do Mundo, que está à todo vapor, para mais uma vez ilustrar o quanto o equilíbrio das emoções é importante.
Jogos interessantes, placares surpreendentes, várias “zebras” em campo, árbitro de vídeo protagonizando decisões conturbadas, ex-campeões mundiais em situações complicadas em seus grupos, jogos decididos nos últimos segundos e muita emoção envolvida em todos os acontecimentos.
Como brasileiros sofremos para vencer a Costa Rica, quem diria. Nossa seleção teve uma boa atuação, superior a da estréia. Com os ajustes e trocas realizados no intervalo o time melhorou sua performance e tornou-se muito mais agudo e várias oportunidades foram construídas, e somente nos acréscimos finais pudemos comemorar o primeiro gol, e logo após comemoramos o segundo.
Ufa, que alívio!
Alívio não só para a torcida, mas para todo o time, e em especial para Neymar da Silva Santos Junior, aquele que é tido como o atual craque da nossa seleção, que desabou numa explosão de emoções em pleno gramado, diante de bilhões de espectadores em todo o planeta e também dos futuros adversários, num misto de revolta e lágrimas que marcaram o final da partida.
Também no último sábado, a atual seleção campeã mundial, aquela que nos venceu na Copa do Mundo no Brasil pelo emblemático placar de 7X1, passava por um drama pior que o nosso.
Depois de perderem na estréia, os germânicos perdiam para a seleção sueca. Tal como no jogo da seleção brasileira, o intervalo serviu para que o time germânico se reorganizasse e voltasse cheio de apetite, tanto que o empate veio logo no início do segundo tempo.
Empatar é melhor que perder, mas para a seleção alemã este resultado não servia.
Para piorar, os germânicos tiveram um importante jogador expulso e seguiram assim pelos 15 minutos que ainda faltavam. Precisando do resultado positivo e com um jogador importante à menos.
No último minuto de jogo, Toni Kroos, um dos astros da seleção alemã acertou uma cobrança de falta e virou o placar. Explosão de emoções, comemoração vibrante como um título.
Detalhe, no primeiro tempo da partida Kroos errou um passe que viabilizou o gol da seleção sueca.
EMOÇÃO PURA À FLOR DA PELE.
As 2 seleções com mais títulos mundiais em situações complicadas, buscando afirmação no campeonato mundial, lutando até o último segundo pela vitória, testando outras formações, mudando estratégias, enfrentando seleções com menos prestígio, mas muito aplicadas taticamente, e aparentemente mais focadas em não serem humilhadas com uma goleada do que com uma eventual vitória.
Mas algo me chamou a atenção e aí que proponho uma reflexão.
Conforme o tempo foi passando, obviamente a pressão foi aumentando tanto para brasileiros quanto para alemães, mas aparentemente os times lidaram de forma diferente.
Enquanto a nossa seleção passou a demonstrar um nervosismo e descontrole visíveis, agredindo física e verbalmente o time adversário e o árbitro, a seleção alemã pareceu ter conseguido lidar com maior controle sobre o momento de tensão.
Ao olhar as expressões de ambos os times, percebemos nitidamente diferenças. Brasileiros com olhares afoitos e raivosos, e alemães com olhares absurdamente determinados e focados no objetivo.
As comemorações dos gols de Neymar e Kroos foram emblemáticas, enquanto um saiu passando a mão pelo seu pescoço olhando para a torcida, como simulando uma degola, o outro saiu em direção aos seus companheiros e foi comemorar efusivamente com o grupo.
SEMPRE TIVE CLARO COMIGO QUE O BOM NEGOCIADOR TEM QUE TER O FOCO NOS INTERESSES E NÃO SE PREOCUPAR DEMASIADAMENTE COM AS PARTES, OU SEJA, FOCO NO OBJETIVO, E NÃO NO PESSOAL. ESSA ATITUDE NOS AJUDA A TORNARMOS REAL ALGO QUE MEU PAI SEMPRE ME FALOU NOS TEMPOS DA ADOLESCÊNCIA, “FICA GELO CARA, FICA GELO”.
Você pode estar pensando, falar é fácil, e eu concordo.
E é por isso mesmo que escrevo, pois sei o quanto “ficar gelo” é importante para se negociar, e também sei o quanto é difícil fazer isso, mas eu posso lhe garantir que funciona.
Voltando ao futebol, me pareceu claramente que aquele de quem muito esperamos estava muito preocupado com os aspectos pessoais, mais preocupado em “dar uma resposta aos haters”, o que pode tê-lo feito bagunçar ou confundir suas emoções, ao contrário do outro que aparentemente estava muito mais focado no objetivo que era alcançar a vitória para o seu time, a sua seleção.
As expressões físicas de ambos após o jogo, dizem isso claramente. Veja a imagem.
E nós, profissionais de negócios, negociadores por excelência, como temos lidado com as nossas emoções? Ao menos conseguimos perceber e entender nossas emoções em cenários de conflito e pressão?
Perceba, entenda, conviva, controle suas emoções, desenvolva o seu Poder Pessoal em Vendas e alcance o sucesso como profissional negociador.
E POR FAVOR, QUANDO FOR NEGOCIAR NÃO SEJA FRIO, MAS “FIQUE GELO”.
Um grande abraço, uma ótima semana.
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LEONARDO LOPES
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